Tratamentos
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Dilatadores
São dispositivos utilizados pela fisioterapia para auxiliar no alongamento e dilatação do canal vaginal.
Estão disponíveis em modelos diversos, com texturas, formas e graduação de tamanho variados.
Podem ser macios ou rígidos, estarem associados ou não à vibração. Alguns dispositivos também possibilitam tratamento de termoterapia pois permitem aquecimento ou resfriamento, promovendo o relaxamento da musculatura, o alívio da dor e a melhora da sensibilidade.
Indicações:
- Vaginismo (aumento de tensão na musculatura do assoalho pélvico)
- Dor e Dificuldade na penetração e na realização de exame ginecológico
- Atrofia vaginal
- Estreitamento do canal vaginal pós cirurgia pélvica ou radioterapia
- Pós cirurgia de redesignação sexual
Para eleger o tipo de dilatador e as condutas terapêuticas adequadas a cada caso é necessário passar por uma avalição com fisioterapeuta pélvico!
A fisioterapia associa o uso de dilatadores a outros recursos e técnicas para alcançar o resultado esperado de forma mais rápida de assertiva.
E-LIB
O E-ILIB é um equipamento utilizado para terapia à laser sistêmica. A terapia ILIB acontece através de uma pulseira fixada no pulso do paciente, a aplicação é transcutânea na artéria radial. O tempo da sessão pode durar de 30 a 60 minutos, com efeitos imediatos e encadeados, além de possuir duração prolongada.
Ele combate radicais livres, melhora a oxigenação do corpo e ajuda no rejuvenescimento, melhora pressão arterial elevada, reduz alta taxa de gordura e açúcar no sangue, alivia a dores e reduz a inflamação, melhora a imunidade, promove relaxamento, diminui o estresse, melhora do sono e ainda auxilia na cicatrização.
Indicações:
- Diabetes
- Hipertensão Arterial
- Colesterol Alto
- Dores Crônicas
- Doenças respiratórias e cardiovasculares
- Fibromialgia
LED AZUL
LED azul vem sendo utilizado na fisioterapia pélvica para tratar a região vaginal e vulvar. Através de um dispositivo intracavitário composto de diodos que emitem LED na cor Azul de 390 a 405 nm é possível tratar as alterações vaginais e vulvovaginites.
Segundo diversos estudos publicados O led AZUL tem ação fungicida e bactericida. Essa ação do LED por apresentar um efeito de morte celular de microorganismos não propicia resistência microbiana sendo uma vantagem sobre medicações utilizadas atualmente. Outras vantagens são o baixo risco e o fato de não proporcionar nenhum tipo de dor ou desconforto à paciente.
Disfunções que podem ser tratadas com LED Azul
- CANDIDÍASE
- VAGINOSE BACTERIANA
- ATROFIA VULVOVAGINAL (Síndrome Geniturinária da Menopausa)
- ESTENOSE VAGINAL
- CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
É considerada a segunda infeção vaginal mais prevalente, 5% das mulheres apresentam que tem infeção por cândida apresentam recorrência, tendo em média 4 episódios por ano. A infecção é causada em 85% dos casos por Candida Albicans, os sintomas mais comuns são coceira intensa, corrimento vaginal, dor na relação sexual, inchaço na região da vulva, dor e ardência para urinar.
SINDROME GENITO URINARIA DA MENOPAUSA (SGUM)
Este termo inclui diversas alterações na região vulvar e vaginal, além de modificações funcionais urinárias e da função sexual da mulher.
Os principais sintomas são : secura vaginal, diminuição da sensibilidade, sensação de queimação e dor na relação sexual, prurido, dor intróito vaginal e flacidez vaginal
50% das mulheres na pós-menopausa são afetadas, mas essa síndrome também pode afetar até 15% das mulheres na pré-menopausa.
Estudos indicam que o LED azul intravaginal por seus efeitos circulatório, regenerativo, bactericida e anti- inflamatórios, é um tratamento seguro e eficaz para SGUM. As pacientes reltam melhora na sensibilidade, na lubrificação, no prazer e na autoimagem genital.
ESTENOSE VAGINAL
A estenose vaginal é uma complicação comum que pode ocorrer em até 50% -60% de mulheres após 3 anos de acompanhamento após um câncer ginecológico, tratado com radioterapia.
As sequelas anatômicas e funcionais de longo prazo da radioterapia podem ser percebidas por redução da vascularização e lubrificação, perda da elasticidade do tecido, atenuação do densidade da parede vaginal, atrofia da genitália interna e externa, e retração do intróito vaginal, dispareunia e sangramento pós-coito.
O LED azul tem efeito de reparação tecidual seguro, auxilia na modulação de fibroblastos e produção de colágeno, o que sugere seu potencial na prevenção e tratamento da fibrose. O tratamento pode associar LED, Radiofrequencia, uso de dilatdores e terapia manual.
Você encontra mais informações sobre esses outros recursos na aba tratamentos.
Radiofrequência
A radiofreqüência é um recurso terapêutico utilizado para reabilitação seja ela estética ou funcional. É uma técnica segura, indolor, e que possui poucas contra indicações.
O efeito térmico da Radiofrequência
O aparelho de radiofreqüência na modalidade capacitiva promove a elevação da temperatura tecidual de maneira NÃO ablativa, ou seja, SEM agredir os tecidos gerando um aquecimento controlado que desencadeia diversos efeitos fisiológicos. Esse aquecimento acontece através da emissão de correntes elétricas de alta freqüência quando é feito o deslizamento da ponteira do aparelho em contato com a pele. Pode ser utilizada em todos os fototipos de pele (branca, morena ou negra), na região da face, no corpo e na região genital.
Para compreender os efeitos térmicos que a radiofreqüência produz no organismo primeiramente precisamos ter um mínimo conhecimento da função de algumas estruturas: Resumidamente, o colágeno é uma proteína abundante no nosso corpo, está presente na pele, tendões, cartilagens, ligamentos, músculos e ossos, sua principal função é dar resistência e elasticidade a essas estruturas evitando lesões. A elastina é a principal proteína constituinte das fibras elásticas do organismo, como ligamentos, tendões e as paredes arteriais. Essas duas proteínas são produzidas pelos fibroblastos.
Os principais efeitos biológicos da elevação da temperatura tecidual são:
- Vasodilatação – Aumento do fluxo sanguíneo e linfático, e do metabolismo local promovendo oxigenação e nutrição dos tecisdos
- Desnaturação do colágeno – A desnaturação gera uma contração imediata das fibras que irá causar uma inflamação aguda ativando os fibroblastos, iniciando o processo de neocolagenogênese e neoelastogênese (produção de colágeno e elastina). Ocorre também uma reorganização/realinhamento dessas fibras tornando o tecido mais maleável.
O efeito desejado irá depender da temperatura a ser alcançada e do tempo de aplicação.
Indicações da Radiofrequência
- Flacidez cutânea facial e corporal
- Redução das rugas de expressão (efeito lifting)
- Gordura localizada
- Celulite (graus I, II, III)
- Incontinência Urinária
- Incontinência Anal
- Fissuras
- Cicatriz / Aderência / Fibrose
- Dor Perineal
- Flacidez em grandes lábios
- Frouxidão vaginal – “vagina larga”
- Redução do coxim gorduroso em monte púbico
- Hipertonia muscular (vaginismo, anismo)
- Dispareunia (dor na relação sexual)
- Síndrome Geniturinária da Menopausa
- Doença de Peyronie
- Disfunção Erétil
Radiofrequência na Síndrome Geniturinária da Menopausa
A Sindrome Genito Urinária da Menopausa acomete aproximadamente 50% das mulheres na menopausa e 15% das mulheres no climatério, que devido à baixa de estrogênio apresentam distúrbios urinários, genitais e sexuais.
Ocorrem alterações sensoriais na genitália externa e interna (clitoris, introito vaginal, pequenos e grandes lábios, região do trato urinário inferior (uretra e bexiga), perda de colágeno e elastina, função alterada das células musculares lisas, redução no número de vasos sanguíneos, afinamento e redução da elasticidade da pele.
Devido à essas alterações as mulheres costumam queixar-se perda de qualidade de vida principalmente sexual, pois começam a apresentar os seguintes sintomas:
– Redução da lubrificação
– Segura e flacidez vaginal
– Tecido mais friável susceptível à lesões e fissuras e sangramento na relação ou no exame ginecológico
– Alteração de sensibilidade
– Coceira
– Ardência vulvar
– Dor na entrada da vagina e durante a relação sexual
– Incontinência urinária, queimação ao urinar, urgência e frequência, infecção urinaria de repetição
Mesmo em uso da terapia hormonal local, estudos já indicaram que cerca de 23% dessas mulheres relatam que se sentem alívio incompleto dos sintomas vaginais e vulvares e 36% das pacientes notam que a vagina não restaura seu estado natural. Por isso a Radiofrequencia vem como uma alternativa para o tratamento da SGUM.
Radiofrequência na Estética Íntima
A perda da qualidade de vida sexual e baixa auto-estima são os fatores que levam a mulher a procurar a fisioterapia íntima.
O efeito da radiofreqüência aplicada à estética genital está relacionado principalmente com a diminuição das pregas cutâneas dos grandes lábios, com a produção de colágeno e a retração das fibras colágenas existentes que promovem uma melhora no aspecto da pele. Além disso, também ocorre o aumento da produção de fibras elásticas reduzindo a flacidez.
Atualmente o paciente tem buscado tratamentos pouco invasivos, se possível não cirúrgicos, com baixo custo, seguros, com poucos ou nenhum efeito adverso, de resposta rápida e que leve a uma melhora na qualidade de vida. Nesse contexto a radiofreqüência se apresenta como um dos tratamentos conservadores em estética íntima que estão sendo cada vez mais procurados, que possuem bons resultados apresentados e comprovados na literatura !!!
Observe os resultados obtidos na publicação abaixo após 08 sessões de radiofrequência.
Radiofrequência na Incontinência Urinária
A incontinência urinária de esforço é a perda involuntária que ocorre quando há um aumento de pressão intra abdominal, ao tossir, espirrar, correr, pular, etc. Um dos mecanismos responsáveis por esse sintoma é a redução do colágeno nas paredes da uretra o que dificulta a manutenção da uretra fechada favorecendo a incontinência. O mecanismo de suporte também deve ser levado em consideração nesse caso, a fáscia endopélvica proporciona suporte para a região de colo da bexiga e uretra proximal e a Radiofrequência quando aplicada nessa região tem por objetivo gerar uma retração da sua membrana fibrosa que tem na sua composição o colágeno, como resultado melhora o suporte e a estabilidade do colo da bexiga e da uretra proximal.
Os estudos apontam o Treino dos Músculos do Assoalho Pélvico ainda como 1ª. linha de tratamento e prevenção para incontinência.
A radiofrequência vem sendo oferecida como coadjuvante no tratamento, é um recurso que auxilia na redução dos sintomas, mas a depender do quadro clínico do paciente, do grau de incontinência, da integridade das estruturas e da funcionalidade muscular, ela sozinha não consegue resolver totalmente a perda urinária, por isso é indispensável trabalhar a musculatura!
Ultrassonografia transabdominal e transperineal
O Ultrassom é uma ferramenta utilizada na fisioterapia para auxiliar no diagnóstico cinético funcional e colaborar no tratamento à medida que fornece biofeedback tanto para o paciente quanto para o profissional.
A ultrassonografia transabdominal e transperineal são métodos não invasivos que ajudam o fisioterapeuta na avaliação, planejamento do tratamento e reavaliação, melhorando a efetividade e auxiliando a reduzir o tempo de terapia. O objetivo portanto do exame não é obter diagnóstico clínico, já que esse cabe ao médico, o fisioterapeuta vai analisar a funcionalidade durante a realização do movimento.
É um recurso que consegue nos passar informações em tempo real sobre o funcionamento dos músculos abdominais e do assoalho pélvico, sobre o comportamento das extruturas abdomino-pélvicas em repouso e durante aumentos de pressão intra abdominal.
Através do ultrassom podemos observar além das disfunções do assoalho pélvico, a presença de diástase do reto abdominal, a mobilidade do colo vesical e da uretra, a presença de resíduo pós miccional, a musculatura da bexiga (detrussor), o posicionamento dos órgãos pélvicos, a existência ou não de prolapsos, a espessura, avulsões, e lesões musculares, fístulas, etc. Essas informações ajudam a compreender melhor o quadro clinico do paciente.
O ultrassom pode ser utilizado tanto na avaliação funcional do assoalho pélvico, como também no tratamento. É um ótimo recurso de biofeeedback, para que o paciente aprenda a realizar contração e relaxamento, melhorar a coordenação e controle muscular, e ainda treinar de forma funcional.
Ao realizar a ultrassonografia simulando movimentos e situações de aumento de pressão abdominal como na tosse, o paciente pode receber uma melhor orientação, visualizar o comportamento da sua musculatura e o que acontece com o seu corpo internamente, e dessa forma melhorar o relaxamento ou a ativação muscular a depender de cada caso.
Laserterapia
A laserterapia vem sendo empregada mundialmente para prevenção e tratamento de diversas afecções, a primeira publicação sobre Laser data de 1958 no artigo de L. Schawlow e C. H. Townes, e desde então são realizadas pesquisas sobre sua ação terapêutica.
O laser de baixa intensidade (fotobiomodulação) não produz calor e pode ser aplicado de forma não invasiva, possui uma incidência muito baixa de efeitos adversos tornando-o um recurso seguro. Pode ser visível ou invisível (infravermelho), com comprimento de onda variando entre 600 nm a 1000 nm, seus efeitos fisiológicos irão depender do tipo luz, da técnica de aplicação (pontual, varredura ou sistêmica – ILIB) e da dosimetria (comprimento da onda, densidade de energia em Joules por cm², potência e tempo da aplicação).
Efeitos terapêuticos promovidos pelo laser: analgésico, anti-inflamatório, anti-oxidante, vasodilatador, aumento do fluxo sanguíneo e angiogênse, melhora da perfusão e nutrição tecidual, neurogênese e regeneração de nervos periféricos, ativação sistema imunológico, produção de colágeno, cicatrização e regeneração tecidual, liberação de endorfinas – sensação de bem estar.
Aplicações clínicas da fotobiomodulação na Fisioterapia Pélvica:
- Dor genito-pélvica
- Ponto gatilho miofascial
- Neuropatia
- Vaginismo
- Vulvodínia
- Mucosite vaginal
- Estreitamento do canal vaginal
- Sindrome genito-urinária da menopausa
- Episiotomia, cesariana e laceração perineal
- Fissura mamária, vulvar, vaginal e anal
- Anismus
- Radiodermite anal
- Doença hemorroidária, etc.
Como podemos perceber o laser é um recurso de ampla aplicabilidade por possuir efeitos terapêuticos diversos. É eficiente e seguro, possibilita o alívio da dor, e agiliza a evolução do quadro clínico paciente.
Massagem perineal
A massagem perineal é um método que melhora a flexibilidade do assoalho pélvico, promove o alongamento e o relaxamento progressivos das fibras musculares.
A técnica é mais efetiva quando aplicada pelo fisioterapeuta pélvico, mas a paciente/gestante ou seu parceiro também podem realizar a massagem desde que estejam bem orientados.
Benefícios:
- Reduz a dor pélvica crônica
- Melhora a circulação, a nutrição tecidual e a condução nervosa
- Promove uma maior flexibilidade na musculatura do assoalho pélvico
- Facilita a “saída” do bebê reduzindo o trauma perineal (lacerações espontâneas, episiotomia) e diminui a dor no pós parto. Estudos comprovam que a massagem em gestantes quando realizada com frequência de 2x/semana reduz em 17% o trauma perienal no parto.
- Melhora a dispareunia (dor na relação sexual), e o esvaziamento da bexiga e do intestino, pois reduz os espasmos dos músculos do assoalho pélvico.
- A auto massagem permite ainda um melhor conhecimento do próprio corpo
Antes de iniciar a massagem:
- Pode ser utilizado como recurso o calor superficial (compressa de morna, banho de assento, etc.) para facilitar o relaxamento da musculatura.
- É importante manter as unhas aparadas para evitar arranhões, lesões ou desconforto.
- Lavar as mãos com água e sabão e fazer uso de lubrificante á base de água ou óleo vegetal
A técnica:
1 – Inicia-se com movimentos suaves circulares e em forma de U na entrada do canal vaginal por 30 segundos.
2 – Introduzir lentamente os dedos no canal vaginal aproximadamente a 3 cm, palpando os músculos do assoalho pélvico (na auto massagem serão utilizados os polegares). Com os dedos levemente flexionados, realizar o alongamento da musculatura, tracionando para baixo na direção do ânus, é comum sentir uma leve ardência. Manter o alongamento passivo por mais ou menos de 60 segundos. Em seguida, retomar os movimentos em forma U, e na seqüência realizar tração para as laterais em direção às coxas, mantendo o alongamento por mais 60 segundos.
A massagem perineal é uma técnica acessível, de baixo custo e simples aplicação.
Atenção! A massagem não deve ser realizada por conta própria sem antes a paciente ser avaliada por um fisioterapeuta especialista.
O profissional irá verificar a condição da musculatura do assoalho pélvico, considerar a existência de outras disfunções, orientar quanto a realização dos movimentos, a pressão adequada, e os cuidados necessários, além de determinar um programa de tratamento associando outros recursos e técnicas apropriadas a cada caso.
Cones vaginais
Cones Vaginais são dispositivos com pesos diferentes, que variam de 20 a 120 gr, utilizados para acelerar o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, e para prevenção e tratamento de incontinência urinária, fecal e de algumas disfunções sexuais.
Os cones possibilitam a realização dos exercícios com o incremento de carga de forma progressiva, assemelhando-se a “musculação”.
Para que a paciente seja capaz de manter o cone dentro da vagina ela precisa acionar os músculos do assoalho pélvico, diminuindo a ação da musculatura acessória e a manobra de valsalva (expulsão), dessa forma há uma melhora da propriocepção – percepção corporal e consciência da contração e relaxamento muscular.
Com a ação da gravidade atuando a tendência é que o cone saia da vagina, a sensação de escape do cone gera uma ação reflexa de aumento da atividade muscular, estimulando assim o aumento da quantidade de fibras musculares do tipo I (sustentação), visto uso por um tempo prolongado. Pacientes submetidas a estudos com a utilização do cone de forma passiva, ou seja, mesmo sem contração voluntária, apresentaram melhora de 70% dos sintomas.
Além disso mulheres que utilizam cones vaginais apresentam um melhor desempenho sexual e maior prazer. O fortalecimento da musculatura, a melhora da coordenação e da percepção leva a mulher a ter um maior controle durante o ato sexual, há também o aumento do contato entre os órgãos sexuais da mulher e do parceiro melhorando a sensibilidade de ambos.
Qualquer mulher pode usar os cones? NÃO!
Para iniciar a terapêutica com cones vaginais a mulher deve passar por uma avaliação para verificar como está o tônus da sua musculatura do assoalho pélvico, se tem indicação para utilização dos dispositivos e qual o peso ideal para iniciar, e receber orientações de como realizar os exercícios com o dispositivo.
Trata-se de terapêutica segura e eficaz, quando realizada sob orientação e acompanhamento de um fisioterapeuta especializado, efeitos colaterais como dores na vagina são raramente observados quando a indicação e utilização são feitas de forma correta.
Não perca mais tempo! Melhore sua consciência corporal, mantenha seu períneo saudável e potencialize sua vida sexual.
Eletroterapia
A eletroterapia é amplamente utilizada pela fisioterapia geral, é um recurso não invasivo, com poucas contra indicações e que não apresenta efeitos colaterais.
Esse recurso é utilizado para:
- Promover o despertar proprioceptivo
- Auxiliar o reforço ou favorecer o relaxamento muscular
- Proporcionar o alívio de dores
- Promover dessensibilização
- Regeneração tecidual
- Redução de edemas
- Cicatrização e etc.
Além disso, através da neuromodulação é possível atuar na correção da atividade colinérgica / adrenérgica e das vias motoras reflexas, responsáveis pelo armazenamento, micção e evacuação, normalizando o funcionamento da bexiga ou do intestino.
Terapia comportamental
São orientações diversas passadas após avaliação com intuito de reeducar hábitos. Inicialmente são identificados os comportamentos disfuncionais, ou seja, os hábitos e ações do indivíduo que estão prejudicando sua saúde. Ao ter consciência sobre esses hábitos, o paciente adquire um melhor controle sobre suas ações criando novos comportamentos. Os comportamentos indesejados são substituídos por outros que sejam mais adequados, contribuindo para o bem estar físico e social do paciente.
Gameterapia
O uso do vídeo game é uma ferramenta inovadora na fisioterapia, ela torna as sessões mais dinâmicas, estimulantes e prazerosas em todas as idades. O Game incentiva o paciente a evoluir mais rapidamente a medida que ele quer vencer as metas estipuladas pelo jogo e “passar de fase”. Com o uso dessa tecnologia, observa-se um aumento na adesão ao tratamento.
No caso da fisioterapia pélvica, além do trabalho de força e coordenação, um dos ganhos que temos com a utilização desse recurso é o de facilitar o treino funcional da musculatura do períneo, ou seja, através do jogo são simulados movimentos e situações onde há variação de pressão abdominal similar ao que o paciente tem nos seus movimentos do dia a dia, como agachar, pular, correr, realizar atividade física e etc. Com esse treino é possível incentivar e estimular o paciente a realizar a contração da musculatura do períneo, associada ao movimento que está sendo executado, até que isso se torne “automático”, favorecendo a continência.
O que acha de se divertir fazendo fisioterapia? Ou Fazer fisioterapia se divertindo?
Exercícios para a musculatura do assoalho pélvico
Também conhecidos como exercícios de Kegel, são exercícios que promovem o fortalecimento do períneo, auxiliam na coordenação, no suporte dos órgãos internos (bexiga, intestino, útero), na inibição da urgência, na melhora do prazer sexual, além de proporcionar uma maior estabilidade pélvica.
Primeiramente deve ser feita uma avaliação funcional da musculatura do assoalho pélvico para que seja definido o tipo de exercício, a duração e a quantidade de repetições, que irão variar de acordo com a necessidade e com a condição muscular de cada paciente. Os exercícios deverão ser reajustados periodicamente mediante a evolução.
Alguma vez você já tentou identificar e sentir o movimento de contração do períneo? Se tiver dificuldade de identificar e de acionar essa musculatura, faça o teste do “pipi stop” para facilitar essa identificação. Ao tentar interromper o jato urinário e você poderá perceber qual grupo muscular está sendo acionado. Mas, faça somente como teste, NÃO é indicado realizar exercícios de contração do períneo durante a micção pois atrapalha o esvaziamento completo da bexiga, podendo trazer prejuízo à saúde com o passar do tempo.
Não conseguir “parar o pipi”, pode ser um sinal de falta de consciência corporal ou fraqueza da musculatura. Se isso ocorrer, procure um fisioterapeuta especialista para fazer uma avaliação do seu períneo.
A prevenção é o melhor caminho!
Assoalho pélvico feminino e masculino:
Reabilitação perineal com biofeedback
Define-se por Biofeeedback a técnica através da qual o indivíduo toma consciência dos modos de funcionamento de um ou de vários processos orgânicos e adquire domínio ou readquire controle sobre eles.
A técnica pode ser aplicada de forma manual ou com auxílio de equipamentos. Esses equipamentos são capazes de captar os sinais de atividade da musculatura durante a contração, e mostrar ao paciente o movimento de contração que está sendo realizado por ele. Esse feedback é passado através de sinais auditivos e/ou visuais, em forma de gráficos ou desenhos, representados na tela do computador.
Esse recurso é um grande aliado tanto do terapeuta quanto do paciente, possibilita uma avaliação mais precisa a medida que identifica se existe atividade muscular e a quantifica. Auxilia muito no aprendizado e na correção do movimento, o paciente passa a entender como funciona a sua musculatura, e dessa forma passa ter contração e relaxamento cada vez mais eficazes.
Com o uso do Biofeedback é possível melhorar a coordenação, o relaxamento e a força muscular, o tratamento torna-se mais dinâmico, divertido e desafiador!