Tratamentos

Radiofrequência

A radiofreqüência é um recurso terapêutico utilizado para reabilitação seja ela estética ou funcional. É uma técnica segura, indolor, e que possui poucas contra indicações.

O efeito térmico da Radiofrequência

O aparelho de radiofreqüência na modalidade capacitiva promove a elevação da temperatura tecidual de maneira NÃO ablativa, ou seja, SEM agredir os tecidos gerando um aquecimento controlado que desencadeia diversos efeitos fisiológicos. Esse aquecimento acontece através da emissão de correntes elétricas de alta freqüência quando é feito o deslizamento da ponteira do aparelho em contato com a pele. Pode ser utilizada em todos os fototipos de pele (branca, morena ou negra), na região da face, no corpo e na região genital.

Para compreender os efeitos térmicos que a radiofreqüência produz no organismo primeiramente precisamos ter um mínimo conhecimento da função de algumas estruturas: Resumidamente, o colágeno é uma proteína abundante no nosso corpo, está presente na pele, tendões, cartilagens, ligamentos, músculos e ossos, sua principal função é dar resistência e elasticidade a essas estruturas evitando lesões. A elastina é a principal proteína constituinte das fibras elásticas do organismo, como ligamentos, tendões e as paredes arteriais. Essas duas proteínas são produzidas pelos fibroblastos.

Os principais efeitos biológicos da elevação da temperatura tecidual são:

  • Vasodilatação – Aumento do fluxo sanguíneo e linfático, e do metabolismo local promovendo oxigenação e nutrição dos tecisdos
  • Desnaturação do colágeno – A desnaturação gera uma contração imediata das fibras que irá causar uma inflamação aguda ativando os fibroblastos, iniciando o processo de neocolagenogênese e neoelastogênese (produção de colágeno e elastina). Ocorre também uma reorganização/realinhamento dessas fibras tornando o tecido mais maleável.

O efeito desejado irá depender da temperatura a ser alcançada e do tempo de aplicação.

Indicações da Radiofrequência

  • Flacidez cutânea facial e corporal
  • Redução das rugas de expressão (efeito lifting)
  • Gordura localizada
  • Celulite (graus I, II, III)
  • Incontinência Urinária
  • Incontinência Anal
  • Fissuras
  • Cicatriz / Aderência / Fibrose
  • Dor Perineal
  • Flacidez em grandes lábios
  • Frouxidão vaginal – “vagina larga”
  • Redução do coxim gorduroso em monte púbico
  • Hipertonia muscular (vaginismo, anismo)
  • Dispareunia (dor na relação sexual)
  • Síndrome Geniturinária da Menopausa
  • Doença de Peyronie
  • Disfunção Erétil

Radiofrequência na Síndrome Geniturinária da Menopausa

A Sindrome Genito Urinária da Menopausa acomete aproximadamente 50% das mulheres na menopausa e 15% das mulheres no climatério, que devido à baixa de estrogênio apresentam distúrbios urinários, genitais e sexuais.

Ocorrem alterações sensoriais na genitália externa e interna (clitoris, introito vaginal, pequenos e grandes lábios, região do trato urinário inferior (uretra e bexiga), perda de colágeno e elastina, função alterada das células musculares lisas, redução no número de vasos sanguíneos, afinamento e redução da elasticidade da pele.

Devido à essas alterações as mulheres costumam queixar-se perda de qualidade de vida principalmente sexual, pois começam a apresentar os seguintes sintomas:

– Redução da lubrificação

– Segura e flacidez vaginal

– Tecido mais friável susceptível à lesões e fissuras e sangramento na relação ou no exame ginecológico

– Alteração de sensibilidade

– Coceira

– Ardência vulvar

– Dor na entrada da vagina e durante a relação sexual

– Incontinência urinária, queimação ao urinar, urgência e frequência, infecção urinaria de repetição

Mesmo em uso da terapia hormonal local, estudos já indicaram que cerca de 23% dessas mulheres relatam que se sentem alívio incompleto dos sintomas vaginais e vulvares e 36% das pacientes notam que a vagina não restaura seu estado natural. Por isso a Radiofrequencia vem como uma alternativa para o tratamento da SGUM.

Radiofrequência na Estética Íntima

A perda da qualidade de vida sexual e baixa auto-estima são os fatores que levam a mulher a procurar a fisioterapia íntima.

O efeito da radiofreqüência aplicada à estética genital está relacionado principalmente com a diminuição das pregas cutâneas dos grandes lábios, com a produção de colágeno e a retração das fibras colágenas existentes que promovem uma melhora no aspecto da pele. Além disso, também ocorre o aumento da produção de fibras elásticas reduzindo a flacidez.

Atualmente o paciente tem buscado tratamentos pouco invasivos, se possível não cirúrgicos, com baixo custo, seguros, com poucos ou nenhum efeito adverso, de resposta rápida e que leve a uma melhora na qualidade de vida. Nesse contexto a radiofreqüência se apresenta como um dos tratamentos conservadores em estética íntima que estão sendo cada vez mais procurados, que possuem bons resultados apresentados e comprovados na literatura !!!  

Observe os resultados obtidos na publicação abaixo após 08 sessões de radiofrequência.

Radiofrequência na Incontinência Urinária

A incontinência urinária de esforço é a perda involuntária que ocorre quando há um aumento de pressão intra abdominal, ao tossir, espirrar, correr, pular, etc. Um dos mecanismos responsáveis por esse sintoma é a redução do colágeno nas paredes da uretra o que dificulta a manutenção da uretra fechada favorecendo a incontinência. O mecanismo de suporte também deve ser levado em consideração nesse caso, a fáscia endopélvica proporciona suporte para a região de colo da bexiga e uretra proximal e a Radiofrequência quando aplicada nessa região tem por objetivo gerar uma retração da sua membrana fibrosa que tem na sua composição o colágeno, como resultado melhora o suporte e a estabilidade do colo da bexiga e da uretra proximal.

Os estudos apontam o Treino dos Músculos do Assoalho Pélvico ainda como 1ª. linha de tratamento e prevenção para incontinência.

A radiofrequência vem sendo oferecida como coadjuvante no tratamento, é um recurso que auxilia na redução dos sintomas, mas a depender do quadro clínico do paciente, do grau de incontinência, da integridade das estruturas e da funcionalidade muscular, ela sozinha não consegue resolver totalmente a perda urinária, por isso é indispensável trabalhar a musculatura!

Dra Viviane Ferraz Monteiro Fernandes
Dra Viviane Ferraz Monteiro Fernandes

Especialista em Fisioterapia Pélvica, há mais de 12 anos
Crefito-11/158873-F