A incontinência urinária é uma das seqüelas que o paciente pode apresentar após ter se submetido às cirurgias de próstata, e tem um impacto significativo na qualidade de vida.
A maioria dos casos de incontinência pós prostatectomia radical está relacionada à uma deficiência esfincteriana, por fraqueza ou lesão do esfíncter (músculo do assoalho pélvico), onde o paciente perde urina aos esforços. Pode ocorrer também de forma associada, uma disfunção vesical (falha no funcionamento na bexiga), levando o paciente a apresentar sintomas de urgência para urinar, aumento da frequência urinária, e perdas por contrações da bexiga na fase de enchimento.
Tratamento:
Como opção de tratamento temos a reabilitação do assoalho pélvico, medicamentos, injeções periuretrais, cirurgias para colocação de sling masculino, implante de balões infláveis que ocluem parcialmente a uretra, e implante de esfincter artificial. O tratamento conservador é realizado aproximadamente até 12 meses após a cirurgia, e na falha do mesmo são oferecidos ao paciente os recursos cirúrgicos.
Como 1ª linha de tratamento a Fisioterapia atua com técnicas comportamentais para intervenção no estilo de vida, e exercícios direcionados para musculatura do assoalho pélvico, realizando um treinamento funcional que permite a retomada do controle urinário.
Recursos como a eletroterapia e o biofeedback são ferramentas que ajudam a promover consciência corporal, e auxiliam no reforço muscular. O paciente passa a ter contrações musculares conscientes e eficazes durante suas atividades diárias, nos momentos em que há aumento da pressão intra-abdominal em resposta deve ocorrer o aumento da resistência uretral, evitando as perdas urinárias.
Estudos demonstram que o treinamento da musculatura do assoalho pélvico é eficaz no tratamento da incontinência pós prostatectomia e deve ser iniciado de forma precoce.