Como fica o Assoalho Pélvico?
Não apenas o parto mas também à própria gravidez são fatores de risco bem estabelecidos para o aparecimento de disfunções do assoalho pélvico. A fisiopatologia, ou seja, à forma como isso acontece e as vias de parto, vem sendo muito estudadas.
Estudos com boa relevância que avaliaram as lesões do assoalho pélvico constataram que a gravidez está associada ao aumento da mobilidade do colo da bexiga, à descida de órgãos pélvicos, à diminuição da força dos músculos do assoalho pélvico e à diminuição da resistência uretral, e todas essas alterações são acentuadas pelo parto vaginal. Com relação à Incontinência Urinária de Esforço (IUE), foi constatado que ela é quase duas vezes mais prevalente em mulheres que fazem parto vaginal em relação à cesárea .
Mas não apenas a via de parto deve ser levada em consideração quando falamos de lesões pélvicas, outros fatores de risco como a quantidade de gestações, idade, obesidade, instrumentação com fórceps, bebês pesados, período expulsivo prolongado, e ainda predisposições genéticas também devem ser observados. Já se sabe também que a pré existência de Incontinência Urinária de Esforço é um fator de risco para o agravamento dessa condição no pós parto. Então se você pretende engravidar mas já possui escapes de urina ou está grávida e começou a ter perdas, fique alerta, inicie o quanto antes o seu tratamento !
Na maioria dos casos as queixas das mulheres sobre os efeitos causados pelas alterações do assoalho pélvico são transitórias, podendo durar em média 1 ano, independentemente da via de parto. A minoria dos casos, aproximadamente 5%, apresentam lesões mais graves que necessitam de intervenção. Portanto, a escolha da via de parto normal ou cesárea, deve ser avaliada caso a caso, observando os benefícios que o parto normal traz para o bebê e para mãe.
Mas onde a Fisioterapia pélvica entra nessa história?
É importante que seja feita uma avaliação da musculatura do assoalho pélvico antes ou durante a gestação para permitir a identificação de disfunções e oferecer a oportunidade à mulher de tratamento ou da realização de um trabalho preventivo.
A Fisioterapia Pélvica tem papel importante na preparação do assoalho pélvico da gestante minimizando essas disfunções, prevenindo e tratando à Incontinência Urinária, reduzindo a dores pélvicas e na relação sexual que podem ocorrer após o parto, e preparando o assoalho pélvico para o parto normal.
Atenção Mamães e futuras mamães, a fisioterapia pélvica atua antes e durante a gestação, na preparação para o parto e também no pós parto!
Se você não preparou seu períneo antes de engravidar, não se preocupe porque ainda há tempo, passado o 1º. trimestre de gestação você já pode agendar sua avaliação com fisioterapeuta especializado. Mesmo as mulheres que não realizaram a preparação durante a gestação devem procurar a fisioterapia logo após o término do período do “resguardo”, para agilizar o processo de recuperação e restabelecer mais rapidamente as funções do assoalho pélvico.
Não perca mais tempo! Quanto antes você iniciar seus exercícios melhor será o resultado!